Uma investigação recente aborda o paralelismo entre as redes sociais e as doenças, indicando que:
“Social media is like a disease that spreads, and then dies”
O estudo da Universidade de Princeton ainda não foi validado pelos seus pares e tem como base a pesquisa de termos no Google Trends. Partindo do exemplo específico do MySpace, concluiu-se que o Facebook vai perder 80% dos seus utilizadores entre 2015 e 2017.
Facebook responde ao estudo da Universidade de Princeton,
ridicularizando o seu método de pesquisa e as conclusões daí retiradas.
No mesmo sentido de perda de utilizadores, surge o estudo americano do IstrategyLabs, entre 2011 e 2014, que aponta alguns dados que já eram do conhecimento geral, nomeadamente, a fuga de jovens do Facebook:
- Menos 25% de jovens entre os 13 e 17 anos;
- Aumento de 30 a 40% entre os 25 e os 54 anos;
- Aumento de 80% nos + 55;
- Em termos de escolaridade, existem menos cerca de 60% de pessoas que estão ou na escola secundária ou na Universidade, embora os ex-estudantes universitários tenham aumentado em cerca de 65%.
Algumas conclusões que podemos retirar do mercado norte-americano (que podem também estar a ser replicadas em outros países) é que os mais jovens estão a sair do Facebook mas as faixas etárias com maior poder de compra continuam lá. De qualquer forma, e estando os jovens a sair da plataforma, no futuro é possível que não regressem e, nesse caso, as faixas etárias com maior poder de compra (que passarão a ser eles) não estarão lá e há que saber acompanhá-las.
Panorama Português
No panorama português, o estudo da Marktest “Os Portugueses e as Redes Sociais 2013”, avança que 27% dos utilizadores desistiram de alguma rede social no último ano. O motivo principal é a “falta de interesse”, logo seguido por “porque os amigos mudaram”.
O estudo abrangeu 4,125 milhões de utilizadores, residentes no Continente com idades compreendidas entre 15 e 64 anos e mostra que:
- 94,6% têm conta no Facebook;
- 38,9% no Youtube;
- 34,1% no Google+;
- 30,9% no LinkedIn;
- 30,9% no Hi5;
- Instagram é 8º em termos de taxa de penetração (15,4%);
- Pinterest está na 9ª posição e é a rede com maior aumento face a 2012.
As elevadas taxas de penetração do Facebook são comuns a todas as faixas da população mas entre os restantes sites há algumas diferenças nas suas posições relativas, nota a Marktest.
- 15-24 – o MSN ganha relevância, sendo o quarto site com maior taxa de penetração;
- + de 24 anos – o LinkedIn ganha peso, estando na terceira posição;
- 35-63 – o Google+ ocupa a segunda posição em taxa de penetração.
Alguns resultados curiosos, nomeadamente a taxa de penetração do Google +, rede em que os Marketeers terão que apostar cada vez mais até porque, sendo um produto Google, ajuda bastante a optimizar para o que é o principal motor de busca em Portugal. Poder-se-á ainda argumentar que esta rede é sobretudo “fantasma” uma vez que muitas pessoas têm conta mas não utilizam efetivamente a plataforma. De qualquer forma, os dados acima podem ser um indicador de que esta realidade tenderá a alterar-se.
De salientar ainda a crescente importância das redes sociais baseadas na imagem – Instagram e Pinterest – o que não será surpreendente tendo em conta a necessidade de partilha e da vida vivida no instante, para isso, nada melhor que uma imagem.
Actualizado a 24/ 01/ 2014: Acrescentada a informação sobre a resposta do Facebook ao estudo da Universidade de Princeton.